À semelhança do que tem acontecido um pouco ao longo de todo este ano de 2014, a semana que antecipou este evento teve alguma chuva e havia esperança de que não chovesse hoje sobre os 190 participantes divididos pelas distâncias de 60km e 30km marcados e 10km guiados.
Dos quatro representantes da Zona 55, repartidos entre a Maratona e Meia Maratona, foi o José Silva quem mais fez pela vida, arrancando e conseguindo-se manter no grupo da frente. Enquanto isso eu (João Valério) e Sérgio Vicente fizemos uma paragem forçada logo ao km6 para auxiliar o azarado David Gonçalves, que perdeu o parafuso de fixação ao guiador do manípulo de mudanças traseiras, o que nos fez levou a ficar praticamente na cauda do pelotão.
Continuámos depois com a intenção de recuperar os lugares perdidos, desde logo com o trilho a proporcionar-nos alguns quilómetros de single tracks, pois o percurso levou-nos então a fazer uma passagem pelo recentemente inaugurado Caminho do Tejo (margem sul), entre Rossio ao Sul do Tejo e Tramagal, com paisagens soberbas sobre o Rio Tejo onde inclusivamente transpusemos uma bonita ponte de madeira sobre uma ribeira afluente.
Outra passagem espetacular foi a que nos levou a passar no interior da Quinta da Coelheira, propriedade particular, no momento em que começou a chover, porém por breves minutos.
Na primeira metade do percurso apanhámos quase toda a dificuldade física do mesmo, com diversos sobe e desces, certo sem dificuldades de maior, pois seguiam-se sempre algumas zonas rolantes onde podíamos recuperar o fôlego.
As zonas de abastecimentos estiveram bem colocadas e diversificadas a nível de produtos, onde o pessoal aproveitou repor energias.
Sensivelmente a partir da 2.ª metade do percurso, este tornou-se bem mais rolante, permitindo médias acima dos 30km/h e, para isso, contribuiu também o bom posicionamento dos elementos do staff e autoridades que fizeram segurança nas diversas intercepções com rodovias.
Ao longo de todo o trajeto a sinalização esteve irrepreensível, com placas, setas, fitas e pó no chão. Fotógrafos também não faltaram nesta 5.ª edição, o que é sempre do agrado dos participantes.
Eu e o Sérgio tivemos a missão acrescida da captação de imagens ao longo dos percursos de 30km e 60km, com as nossas GoPro, tendo desta vez também a colaboração do Pedro Guerra (
Sobe e Desce Team - Estremoz), que nos cedeu igualmente imagens para produzirmos o nosso vídeo-rescaldo, à semelhança da Organização.
Foi bonito de se ver algumas passagens por povoações, onde saíram à rua para assistir e aplaudir a passagem dos atletas, dando-nos grande ânimo e criando um ambiente bem bonito, como foram os casos das localidades de Tramagal, Crucifixo e Bicas.
Tive me pôr na roda do David para ganhar maior ritmo e, em dupla fizemos cerca de 35km com um excelente andamento, o que nos levou a uma picada com os irmãos Luís e Lúcio Manuel, Vet. C, que também seguiam em dupla e se mantiveram connosco durante mais de 1H, ora puxando eles, ora puxando nós, situação que de facto nos deu grande motivação para manter o bom ritmo.
Muitas foram as zonas onde notámos grande intervenção e trabalho da Organização, na abertura e limpeza dos trilhos. Nesta edição, que considero ter sido aquela que apresentou um percurso mais fluído e bem desenhado entre as cinco, tivemos oportunidade de conhecer e rolar em zonas diferentes das habituais, com tipos de terreno e paisagens bastante diversificadas.
Nos últimos 10km do percurso voltámos a encontrar alguns sobe e desces, alguns com inclinação acentuada, mas o facto de estarem intercalados com zonas para rolar facilitaram-nos a vida.
Como já é tradição, mais uma vez a aproximação à meta teve passagem obrigatória pelo single track do Cabeço do Caneiro, onde temos uma impecável vista sobre o espelho de água do Rio Tejo, mas não nos podemos descuidar muito a olhar para o lado, pois a zona é bastante técnica e do nosso lado esquerdo o chão desce quase a pique. Neste local encontrámos bastante público, entre eles fotógrafos, elementos do staff e bombeiros.
Antes de reentrarmos no Rossio ao Sul do Tejo, ainda tempo para uma passagem numa ribeiro e depois pelo interior de um pomar de marmeleiros. De seguida mais um single por entre um olival e estávamos de novo na marginal de piso em calçada que nos levava até à reta da meta.
No final, alvo de um furo lento, o José Silva ainda conseguiu o 3.º lugar do pódio, a ser ultrapassado já na recta da meta devido com o pneu traseiro já quase vazado de novo. Os balneários, zona para lavagem de bicicletas e almoço ficaram localizados ali todos em redor e junto à meta, o que permitiu que não tivéssemos de mexer no carro. O almoço, relativamente ao ano anterior, achei que teve menor qualidade na sua confeção.
Para finalizar ainda juntámos um grupo de amigos para irmos até ao snack bar da gigantesca tenda situada na marginal, para assistirmos à última prova do Campeonato do Mundo de Ciclismo que este ano se realizou na Galiza - Espanha. No próximo ano já é certo que voltaremos a marcar presença e, se possível, de volta às grandes representações que outrora já caracterizou a Zona 55 neste evento.