domingo, 24 de abril de 2022

Participação da equipa (V. N. Barquinha)

(Página da Organização)

 

Representação a cargo de:
60km - João Valério

Percurso realizado - 62,21km c/ 1.196D+

2 anos e meio Última participação em 13OUT2019 na Sertã.

E passados 2 anos e meio sobre a última prova/evento organizado em que participei (Descida do Picoto - Sertã), finalmente voltei aos trilhos de um dos eventos btt mais populares da minha região, onde também já não participava há 5 anos.

Com menos treino, mais 5kg mas uma vontade enorme de me voltar a desafiar, à boa maneira antiga mas sem colegas de equipa, lancei-me logo para a distância maior para o empeno ser dos bons.

O Vítor Gamito e o Marco Chagas, quando souberam que eu ia participar, apressaram-se logo a inscrever também e, logicamente, mais uma vez, ficaram à frente!

Esta prova, que devido ao Covid19 realizou a anterior edição (12.ª) há 3 anos atrás, tendo sido sucessivamente adiada, finalmente em 2022 teve o seu aguardado seguimento. A partida/chegada estava localizada no centro de Vila Nova da Barquinha, junto ao Rio Tejo e jardim.

Vi muitas caras conhecidas que já há muito não via. Por sorte, devido a algumas desistências de inscritos nas últimas semanas, deste evento já esgotado há +1 ano atrás, lá consegui garantir uma das 10 inscrições disponibilizadas pela organização, que rapidamente esgotaram.

Dos 1.200 participantes esperados/inscritos, talvez devido às instáveis condições meteorológicas, infetados Covid e/ou outras indisponibilidades de última hora, o número de presentes não chegou a atingir os 700 participantes, o que ainda assim foi um número impressionante de bttistas.

Porque levantei o meu dorsal no dia anterior, permiti-me chegar um pouco mais tarde e, por isso mesmo, parti quase na ponta da cauda da longa e única box de partida.

Os primeiros 17km, tal como havia sido informado pela Organização (Grupo de Cicloturismo Barquinhense), foram para esticar o longo pelotão. Após a partida, uma rápida passagem por escassas ruas da Vila e logo de seguida dirigimo-nos para os trilhos de terra da floresta situada a norte.


Após haver terminado o isolamento por Covid apenas 4 dias antes da prova, com bastantes sintomas, ainda com problemas respiratórios e algumas dores musculares lá me fui arrastando pelos trilhos sempre com o objetivo de terminar, pois além do mais às 15h30 ainda tinha de entrar ao serviço.

No meio do maranhal todo, o que me fez maior confusão foi o desuso das boas práticas que ainda há poucos anos atrás (quase) todo o pessoal do btt utilizava! Simples palavras de aviso que faziam toda a diferença: "Direita!", "Esquerda!", "Ao centro!". Eu mantive a minha postura de sempre e lá fui avisando desta forma quando pretendia ultrapassar alguém, porém fui surpreendido diversas vezes por pessoal que "à má fila" ultrapassavam "à maluca" e que sinceramente só me ia apetecendo apertá-los contra as laterais.

Considerei o percurso bem marcado, a nível de fitas e placas de perigo, tendo visto sempre muita gente da Organização a auxiliar. As zonas de abastecimento, apesar de só ter parado em 2 delas, pareceram-me ter o necessário e com bastante variedade um pouco a nível de tudo (bebida/comida e lubrificação/mecânica). 

A maioria dos trilhos foram, para mim, que já participei em diversas edições desta prova, bastante idênticos aos apresentados em anteriores edições, com alguns novos caminhos e singles que me surpreenderam positivamente pela audácia, beleza e ciclabilidade.

O famoso Castelo de Almourol que deu o mote para o título deste evento! De referir que devido às chuvas dos últimos dias, o terreno estava simplesmente fantástico. Sem muita lama, sem pó e com bastante aderência. Perfeito! 

Entre Constância e Tancos situaram-se os últimos quilómetros comuns a ambas as distâncias, onde também se localizavam o maior número de single-tracks, quase sempre paralelamente ao Rio Tejo, onde inevitavelmente se formaram filas enormes de participantes devido ao elevado nível técnico exigido que apanhou muitos de surpresa.

Somente aos 38km (no meu conta-kms) se separaram os percursos meia-maratona/maratona, quando eu seguia no interior de um enorme grupo vi-me subitamente sozinho, o que me baixou terrivelmente a motivação e o rendimento, tendo-me de seguida arrastado por 9 longos quilómetros.


A zona de meta encontrava-se bastante animada, colorida e pejada de público, situada imediatamente após uma passagem em patamar pelo interior do jardim da Vila.

Quase 5 horas após ter arrancado, finalmente chegava à meta cumprindo o objetivo a que me havia proposto.

Antes de seguir para o trabalho, ainda tempo para pousar para a objetiva da "velha" amiga Urbina Varela e cumprimentar os amigos Hugo e Luís Antunes. 


Tal como o dono, a velhinha Cannondale já teve de se aguentar à bomboca, mesmo cheia de lama e com a  transmissão e os travões a queixarem-se a maior parte do tempo.

Estas pastilhas conheceram o Dia do Juízo Final nesta prova. Ainda me afiaram um bocadinho o disco de travão traseiro. E pronto! Muito em breve voltarei aqui ao blogue para mais uma reportagem, que agora depois de (re)começar não se pode parar.

Classificação Maratona - Classificações (todas)
001.º - 02h49m22s - Jorge Gonçalves (Bike Racers Clube BTT)
002.º - 02h49m22s - João Simões (Rvirtual)
003.º - 02h49m22s - Pascal Inácio (Róódinhas/Master Vantagem)
043.º - 03h25m33s - Vítor Gamito
046.º - 03h26m04s - Marco Chagas (Clube Ciclismo Marco Chagas)
119.º - 04h36m15s - João Valério (Clube de BTT Zona 55)
136.º - 05h31m27s - Último


ÁLBUNS FOTOGRÁFICOS
Ana Filipa Marta - Álbum
Grupo Cicloturismo Barquinhense - Álbum
Jorge Santos - Álbuns 1, 2 e 3
Luís Ribeiro - Atividades Fotográficas- Álbum
OsMeusClicks - Álbum
Passada Neutra - Álbum
Urbina Varela - Álbum PartidaÁlbum 1Álbum 2
Victor Augusto - Álbum

Créditos à reportagem
Texto: João Valério
Fotos: G.C.Barquinhense, Jorge Santos, Luís Ribeiro, OsMeusClicks, Passada Neutra, Urbina Varela, Victor Augusto e João Valério.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Caminho Português da Costa e Variante Espiritual - 2022

 10 a 14 de Abril de 2022

Caminho Português da Costa
 ( Porto / Vigo / Pontevedra)

e

Variante Espiritual do Caminho Português
(Pontevedra / Vilanova de Arousa / Padron / Santiago de Compostela

Já de alguns anos para cá, os elementos do nosso clube (Zona 55 Bike Team), criaram grande empatia por fazer os Caminhos de Santiago de Compostela de bicicleta, como bicigrinos.

Uns mais na vertente desportiva, outros juntando a essa vertente, o espiritualismo e o conhecimento pelo caminho, partilhando um pouco essas etapas com os peregrinos que o percorrem.

Assim em 2019, eu a Ana e o Carlos António, iniciamo-nos nos caminhos, fazendo o Caminho Central Português, ficando aquela marca, que nos deixou com vontade de voltar a fazê-lo.

Depois de termos estes dois anos (2020/2021) menos favoráveis aos caminhos, devido ao COVID, pois com o confinamento, cumprimento das várias regras e os próprios albergues a ter de encerrar, também a mítica da partilha e convívio ficou um pouco aquém da essência do Caminho.

 2022 - DE VOLTA AO CAMINHO

Durante uma breve análise para marcação das minhas férias de 2022 e aproveitando a única possibilidade, tive um pensamento irrefletido, "vou voltar a fazer o Caminho". 

Pensamento desconcertado, pois as minhas companhias habituais para o caminho, não estavam praticamente em condições de alinhar.

A Ana, minha esposa, já não pedalava à bastante tempo, devido a um problema no joelho, logo a condição física estava um pouco em baixo para pedalar durante 5 dias, e só já tinha menos de um mês para treinar.

O outro colega não tinha férias, e também não andava muito bem de saúde, e para ajudar as condições atmosféricas, que previam mau tempo (chuva) para essa semana.

MAS....

Isso é o Caminho........ caminhando/pedalando... e resolvendo os obstáculos da vida ....

Data marcada e...

...Partimos com duas mochilas, duas bicicletas e dois aventureiros, que ficaram viciados por esta essência, onde existe uma mistura de tudo, e do que é importante no universo (as pessoas).


Inicio na Sé Catedral do Porto
Depois de termos saído de casa por volta das 06H00 da manhã, chegámos à Sé do Porto....

... carimbar as nossas credenciais

... E estávamos prontos para iniciar o nosso Caminho pela Costa, em autonomia total

1.ª etapa - 10ABR22 - 10H20




O nosso único objetivo delineado, contra qualquer dificuldade, era sair desta Catedral no Porto, passando por muitas outras e chegar por fim, à Catedral de Santiago de Compostela

Uma manhã de sol no Porto, com a marginal completamente cheia de vida (pessoas a passear, a andar, a correr, andar de bicicleta, de patins, etc)

Os primeiros 9 km, junto à margem do Douro, sempre atentos a muitos obstáculos humanos, que por ali disfrutavam daquela belíssima paisagem

Matosinhos, onde está localizada a primeira marcação do caminho da costa, bem como onde existe um posto de turismo, que ajuda o peregrino que trás pouca informação, como albergues, distâncias, etc ( e mais um  carimbo)


Grande parte do caminho, pode ser feito por passadiços (e é por ai que está marcado), sobre as dunas, que muitas servem como acessos às praias


Alguns são passadiços do deserto

Vila do Conde

Igreja Matriz São João Batista


Póvoa do Varzim

Hora de repor algumas energias extras, pois estava na hora de almoço




Uma zona de praia, onde está marcada a passagem de peregrinos
 (já lá tínhamos estado de carro)





Já um pouco afastado do mar, uma foto com o Santo António




O São Miguel, sempre atentos às cobras 


Saímos um pouco do caminho e fomos visitar o café/museu, " O LAMPIÃO"

Aproveitámos por hidratar

Quem ali passa, tem de assinar o livro do museu


Um modelo em alterações, para o todo terreno

Tinha-mos decidido terminar esta primeira etapa, em Viana do Castelo, mas apesar de estarmos perto, o caminho complicou, tecnicamente e em termos de altimetria, principalmente porque durante todo o dia foi sempre a rolar.

A bicigrina e este peregrino, vão fazer algumas parte deste caminho em conjunto
 








Apanhámos uma lampreia para o jantar

Agora sim, estava praticamente concluído os 84 km, do 1.º dia


 
1.ª etapa concluída (10ABR22): Porto / Viana do Castelo - 84 km (687 D+)



Depois de cumprido o primeiro objetivo, foi hora de passear pelos coelhinhos de páscoa e jantar calmamente a olhar para o Gil Eanes. 

Viana do Castelo, conhecido por muitos motivos, pelo bacalhau, pelas festas tradicionais entre muitos outros assuntos, uma bonita cidade minhota.


2.ª Etapa - 11ABR22 - 09H30
 (o chuviscos já se notava, mas os peregrinos equipavam-se e punham os pés no caminho)

Pensão "O Laranjeira" (nosso alojamento em Viana)

Como o Gil, não navega, resolvemos continuar a pedalar corajosamente ainda sem fato de chuva


Como era esperado, foram poucos km, e estava na hora de vestir mais equipamento, pois o mar estava a saltar fora
Tive grande dificuldade para calçar as capas novas, mas muito boas, se conseguissem chegar ao fim do dia sem se romperem 

Agora estávamos prontos para a água, vinda ela de onde viesse.


Desde que saímos de Viana, quase até Esposende, passando por diversas praias, seguimos esta ciclovia, muito bonita, que só nas partes dos passadiços e pontes em madeira se tornava um pouco perigosa, devido à chuva que as deixava escorregadias



Tivemos de circular lentamente durante algum tempo, pois o trânsito estava lento


Pedalar sobre paralelo já não é fácil, agora molhado, vamos pelo seguro



A paisagem junto à costa é simplesmente espetacular, faça sol ou faça chuva

A chuva mantinha-se e chegávamos a Vila Praia D´Ancora 





Ao longe, já se avistava o Monte Santa Tecla - Espanha

Mata do Camarido - junto à Foz do Rio Minho - Caminha



Chegada a
 Caminha
Procurando o almoço

Grande reforço, para atravessar o rio Minho a nado...

... a água estava fria para o mergulho, resolvemos ir apanhar um táxi

Ancoradouro dos barcos para passar os peregrinos de Caminha (junto ao Parque de Campismo) para a praia em A Guarda - Espanha


Estamos todos preparados para saltar para a areia (abordagem à fuzileiro)


... Ai está. Um ataque à praia galega



 Ao fundo, a primeira cidade espanhola - À Guarda










OIA - Mosteiro de OIA ainda em obras


Passamos num marco, onde tem diversos seixos desenhados e assinados

Fizemos questão de deixar a nossa marca


Isto é o que faz seguir as setas à risca, vamos lá a baixo, só para subir novamente

Farol do Cabo Silleiro

Foto sobre o miradouro de Thalasa

Esta bola de berlim fez 70 km, pois veio na mochila desde Viana do Castelo e está a chegar a Baiona (mas não chegou)


Fortaleza de Monterreal - Baiona




Mais uma etapa do caminho da costa, com chegada a Baiona - Espanha

2.ª etapa concluída (11ABR22)
Viana do Castelo /Caminha / À Guarda / Baiona - 74 km (785 D+)


Albergue Estela do Mar (nosso alojamento em Baiona)


Baiona é uma lindíssima cidade, um município da província de Pontevedra, com cerca de 34 km2. Uma cidade balnear e turística, com lindíssimos monumentos, bem como um centro histórico muito movimentado


3.ª Etapa - 12ABR22 - 09H35
 Dia muito chuvoso, saída do albergue e parar na pastelaria, para aquecer o estômago, pois faltava o pequeno almoço

Este albergue, recomenda-se, muito bom

Novas capas para os sapatos - é das melhores para pedalar durante todo o dia

O melhor sitio para estar, toda a manhã. Mas como não eramos funcionários e a nossa missão era outra, fomos pedalar, junto das praias.

Igreja Santa Cristina de Ramalhosa


Em direção à trovoada



Parou de chover, mas o caminho encaminhou-nos para a praia


Se a caminhante não tivesse ido para o ginásio, sobrava para quêm ?

Esplêndido, mais esplêndido

Chegámos a Vigo, resolvemos complicar e contornar sempre junto ás praias, porto alfandegário, estação de comboio.
 Mas o caminho já passava a vários km, e na parte de cima da serra.
Nada melhor que sair da chuva e almoçar.
Depois se resolveria o problema...

... hora ai estávamos nós a resolver (o tempo alterou: isto é deixou de chover, mas andámos mais de uma hora para encontrar um atalho). Depois a subir nem lhes conto.

Estão a ver lá ao fundo o rio, foi onde almoçámos

Acabou a subida!
 Agora que nos estávamos a habituar


A partir daqui, foi muito bonito, rolar por dentro da floresta, com o rio em plano de fundo, até chegarmos a uma descida vertiginosa, que termina em Redondela.

Entrámos no Caminho Central, onde fizemos uma pequena paragem, para hidratar
.


Depois seguimos pelo Caminho Central (que já conhecíamos) até Pontevedra, mas ainda com um osso duro de roer porque depois de Arcade, temos mais uma serra e o caminho em pedra

A bicigrina aproveita para descansar, porque depois de passar a ponte !
uiuiuiuiuiu 

A bonita ponte medieval de Pontesampaio

Grande estilo, para quem sabe o que vai encontrar agora..,



Estes peregrinos estavam à nossa espera

Em 2019, havia aqui um casal com uma barraquinha e um cãozinho pequenino, que servia umas merendas muito boas 


Esta capela (capela de Santa Marta) já se encontra perto de Pontevedra, apesar de nós termos seguido o caminho alternativo, sempre junto à ribeira, mais bonito, mas sendo um pouco mais longe.
 (peregrinos que já venham com dificuldades, devem seguir o mais direto, pois por aqui são mais 5 km)




À entrada de Pontevedra, lavámos as bikes, que se tinham sujado nestes últimos kms, e depois fomos lavar a garganta à "Casa Pepe" (lá foi uma canha)


Um caldo Galego, para iniciar o jantar - Hotel City Expresso

Este foi o nosso alojamento escolhido, sendo lá o jantar, pois chovia novamente em força

3.ª etapa concluída (12ABR22)
Baiona / Vigo / Redondela / Arcade / Pontevedra - 61 km (948 D+)

Pontevedra ou Ponte Vedra é um município e uma cidade, capital da província homónima na Galiza. Tem cerca 117 km2, e uma população que ultrapassa os 83000 habitantes.
Apesar de ser uma cidade peregrina, é uma cidade principalmente monumental.


4.ª Etapa - 13ABR22 - 09H00
O tempo prometia chuviscos, mas como ainda não caiam, fomos corajosos e guardamos os fatos de chuva dentro da mochila, até porque já estávamos à espera de algumas subidas para aquecer
Pequeno almoço tomado, era hora de pegar nas bikes

Foto de inicio da 4.ª etapa - 13ABR22 - 10H18

Em vez de seguirmos para Padron pelo Caminho Central, voltámos a sair para a esquerda e seguir pela Variante  Espiritual, para Vilanova de Arousa


Café solo, tomado com estes senhores e pago pelos mesmos

Estava na hora de seguir o nosso destino. Sair do Caminho Central e seguir pela Variante Espiritual



Começávamos bem

Igreja de São Pedro de Campañó - Pontevedra


Mosteiro do Poio


Estava novamente na hora de tirar das mochilas os impermeáveis



Combarro - localidade bonita, piscatória e turística



A partir daqui (localidade de Combarro), tínhamos 7 km para subir

A subida seria feita de várias formas, o objetivo final era chegar lá acima, para descer para Armenteira






Aqui no cimo do monte, deve viver espiritualmente este caminheiro da foto



Mais uma etapa superada, tinha acabado a subida por alcatrão com alguns sítios de inclinação a 22%


Agora continuámos a subir mais um bocadinho por terra batida

Se subir era difícil, então descer



E pronto, o mais difícil do dia estava superado, agora merecemos uma refeição completa ao almoço.




Após o almoço, e depois de Armenteira, entrámos num trilho fantástico, dentro da floresta, sempre a acompanhar o ribeiro, a que chamam " Ruta da Pedra e da Auga.

Este trilho tem cerca de 16 km, passando por várias zonas de lazer, e muitas pontes, mas também algumas partes, técnicas










Vilanova de Arousa - praia

4.ª etapa concluída (13ABR22)
 Pontevedra / Armenteira / Vilanova de Arousa - 48 km (843 D+)

Ficámos alojados no Hotel Bradomin (na sua maioria completo por peregrinos)

Visita aquela localidade, mas antes de jantar ainda tivemos percalço para resolver.

Tínhamos reservado através da empresa La Barca del Peregrino, com três semanas de antecedência para fazer o Traslatio (um percurso de barco, por onde teriam transportado Santiago, depois de decapitado, passando por 17 cruzes). Etapa esta, conforme fazem a maioria dos peregrinos, desde Vilanova de Arousa até Pontecesures e a partir dai, novamente caminhando.

Pelas 20H30, enquanto passeávamos fomos contatados por uma senhora pertencente a essa empresa, pedindo desculpa, pois tinha havido um engano e tinham-se esquecido das bikes. Segundo a opção, seria irmos de bike, que nos devolviam o valor pago, ou tentarmos outros barcos.

Conseguimos contatar uma outra empresa, Amare Turismo Nautico, que nos fez o transporte, mas apesar de ficar mais caro (em cima da hora) ficámos mais satisfeitos com o transporte, pois fomos sempre sentado no exterior, convivendo com os funcionários do barco que nos iam explicando tudo, bem como com outros peregrinos.

Deixo aqui um aparte, principalmente para bicigrinos, que usem La Barca del Peregrino:
Os enganos acontecem, mas quando está em causa substituir o transporte de duas bikes pelo valor de 10 euros, por dois peregrinos pelo valor de 50 euros, deixa que pensar.

Por outro lado, deixo aqui o agradecimento à empresa " Amare, Turismo Náutico", que apesar da dificuldade de nos entendermos, rapidamente resolveu o problema, colocando mais barcos a fazer o transporte, aceitando-nos e facilitando rapidamente o pagamento.



Vilanova de Arousa, tem belíssimas praias e tem com meio de subsistência a criação do mexilhão, que era recolhido no mar, e ali preso sobre cordas para assim se desenvolver.
Também subsiste dos peregrinos, e turismo náutico.


5.ª Etapa - 14ABR22 - manha livre
Hoje, acordámos com um bonito dia de sol, e com mais calma para arrumar as mochilas, pois só tínhamos barco às 12H00.

Tomámos o pequeno almoço e fomos passear-nos com as bikes e mochilas pela localidade.
Aproveitámos para ver a chegada dos barcos de pesca ao porto, para deixar as paletes de sacas de mexilhão. 





12H00 - Deslocávamo-nos para caís de embarque, para iniciarmos o Traslatio









Chegada a Pontecesures - 13H29


Depois de pedalarmos alguns kms, parámos em Padron no bar do Pepe, para almoçar

Algumas entradas, uns bocadilhos, bem "bocadões" e uma canha.
 Venha novamente a bicicleta


Este estabelecimento comercial, fica junto da igreja de Santiago (que estava fechada, apesar de Padron estar em festa).
Mas aqui não falta nada.

Memorias dos peregrinos, simpatia do Pepe, sempre cheio de muitos peregrinos  e outros à procura daquele local já mítico.
Boa comida, boas canhas, e como é normal em qualquer estabelecimento temos de pagar, mas com direito sempre a assinar o livro de memórias e a tradicional foto atrás do balcão.

Nesta casa " O PEPE", os peregrinos são sempre amigos.

Já depois de começarmos a pedalar, trocámos de equipamento, pois o sol aquecia, parámos numa igreja já conhecida (parar nestes sítios, faz parte do nosso caminho).

Cada peregrino/cibigrino, olha as igrejas, os monumentos, as paisagens, as subidas e descidas, de maneiras diferentes (nem melhor nem pior - a opinião pessoal é que conta)




Tudo nos serve para ver e para parar, até porque já estávamos em terras de Santiago

5.ª etapa concluída (14ABR22)
 Vilanova de Arousa / Santiago de Compostela

27 km de barco, fazendo o Traslatio (Vilanova de Arousa / Pontecesures)

28 km (469 D+) (Pontecesures / Padron / Santiago de Compostela)

Chegada  a SANTIAGO DE COMPOSTELA (16H45)

cumprido mais um caminho





Mais uma etapa de vida cumprida com sucesso

Esta bicigrina, já está a treinar como peregrina
 
A luz da noite, a luz da vida

Entrega na catedral pela porta sagrada

Altar de Santiago

O nosso arquivo, os nossos momentos, as nossas passagens, os nossos caminhos e a nossa presença e testemunho por onde passamos. 

BOM CAMINHO
BON CAMINO

Bicicgrinos: Rui e Ana Almeida
Reportagem e fotografia: Rui Almeida